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segunda-feira, 13 de abril de 2015

11/04/2015 - Cultura de Paz e Meio Ambiente


No dia 11/04/2015 realizamos uma capacitação com o tema "Cultura de Paz e Meio Ambiente", confira as oficinas e fotos do evento.

O conceito de Cultura de Paz iniciou-se oficialmente pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em 1999 e empenha-se em prevenir situações que possam ameaçar a paz e a segurança – como o desrespeito aos direitos humanos, discriminação e intolerância, exclusão social, pobreza extrema e degradação ambiental – utilizando com principais ferramentas a conscientização, a educação e a prevenção.

De acordo com a UNESCO, a cultura de Paz “está intrinsecamente relacionada à prevenção e à resolução não-violenta de conflitos” e fundamenta-se nos princípios de tolerância, solidariedade, respeito à vida, aos direitos individuais e ao pluralismo.

Nos 10 últimos anos tem crescido o número de grupos terroristas organizados e isto tem sido uma das varáveis para outro tipo de guerra onde eles estão instalados. Hoje há mais de 14 guerras e conflitos armados em andamento.

Segundo relatórios da OMS a violência mata mais de 1,6 milhões de pessoas no mundo a cada ano e outros milhões de pessoas são mutiladas devido a ataques. Os índices de assassinato e violência doméstica têm crescido espantosamente em várias partes do mundo. O Presidente da OMS, alerta para a necessidade de se investir em educação para desenvolver uma compreensão diferente da violência, pois muitas pessoas pensam que a violência é algo pessoal e não social, e ignoram as conseqüências destes atos para a sociedade como um todo.

A proposta da cultura de paz busca alternativas e soluções para estas questões que afligem a humanidade como um todo, não se foca na questão da violência, mas na paz como um estado social de dignidade onde tudo possa ser preservado e respeitado. Estes pontos são um dos grandes desafios da construção de uma cultura de paz.

De acordo com David Adams, a cultura de paz tem como base oito pilares:

1. Educação para uma cultura de paz

2. Tolerância e solidariedade

3. Participação democrática

4. Fluxo de informações

5. Desarmamento

6. Direitos humanos

7. Desenvolvimento sustentável

Tendo isto posto, o Programa Escola da Família se apresenta como uma ferramenta crucial para o processo da cultura de paz, pois serve como espaço para que seus preceitos sejam colocados em prática.

No dia 11/04/2015 aconteceu na EE Gabriel Oscar de Azevedo Antunes, uma Orientação Técnica com o tema: Cultura de Paz e Sustentabilidade, em parceria com a Semasa, empresa de saneamento básico de Santo André.

No primeiro momento foram realizadas 5 Oficinas sendo elas:

Dinâmica do Desafio (Nunes, 2011)



Objetivo: essa e uma dinâmica simples, destinada a "quebrar o gelo" no grupo e mostrar o quanto temos medo dos desafios. Além de "quebrar o gelo", a brincadeira, simbólica evidentemente, mostra que devemos ter coragem de enfrentar os desafios da vida, por mais difíceis que sejam, pois no final poderemos ter uma feliz supresa e o esforço sempre compensará.

Materiais: caixa de bombom, dentro de outra caixa.

Procedimento: Colocar uma música animada para tocar, montar um círculo com os participantes e ir passando uma caixa no círculo. Explica-se aos participantes que essa é apenas uma brincadeira e que dentro da caixa há uma ordem para quem ficar com ela quando a música parar. A pessoa que vai dar o comando deve estar de costas para não ver quem está com a caixa ao parar a música.
Após começar o coordenador faz um pequeno suspense, para a música e faz perguntas, tais como: "Você já está preparado?" "Você vai ter que pagar o mico viu, seja lá qual for a ordem, você vai ter que obedecer, está pronto?' Inicia-se a música novamente e a caixa vai passando, pode-se fazer isso por algumas vezes, e na última vez avisa-se que agora é para valer e quem pegar a caixa terá que abrir.
Na última vez, o coordenador dá a ordem para de parada e o felizardo que estiver com a caixa deverá abri-lá. Em vez do mico, a pessoa vai ter uma agradavel surpresa, pois encontrará a caixa cheia de bombons, com uma ordem: "Como uma chocolate e divida com o grupo".

Dinâmica “A rede” (Nunes, 2011)


Objetivo: Visualização das relações escolares e sociais, compreendendo a escola e a comunidade como um agrupamento de pessoas interagindo na busca de objetivos comuns e que o comportamento de um afeta ou pode afetar os demais membros.

Duração: A critério de cada educador

Procedimento: em circulo, um dos participantes, segurando um rolo de barbante, falará sobre o seu papel na escola e na comunidade (estudar, pesquisar, cooperar, fazer amigos, brincar, jogar etc.). Ao término de sua exposição, segurando a ponta do barbante, jogará aleatoriamente o rolo a outro participante, que também deverá falar, e assim sucessivamente até que se forme uma “teia”, que propiciará uma visualização das relações escolares e comunitárias.

Discussão: Reflexão sobre a importância de cada um no contexto familiar, escolar e comunitário e sobre a necessidade da clareza e do bom desempenho dos papéis de cada um.
Reflexão sobre os relacionamentos que funcionam como numa engrenagem, em que cada membro é parte integrante do processo, influenciando e sendo influenciado.


Além disso cada universitário pode encontrar um espaço para a partilha de experiências, e trocar relatos sobre as realidades das diferentes escolas em Santo André.

Dinâmica: Sadako e os Tsurus




Objetivos: Refletir sobre a paz e a generosidade
Materiais: Folha de papel cortadas em quadrados, barbante fita crepe

O facilitador segurando uma folha de papel irá começar a contar uma história:

"Quando lançaram a bomba em Hiroshima, Sadako Sassaki estava para completar 10 anos. Aparentemente ilesa, escapou com a mãe e o irmão mais velho. Na fuga foram encharcados pela chuva preta radioativa que caiu ao longo do dia.

Até a idade dos 12 anos, aparentava estar normal, uma menina saudável. Estudava e brincava como outras crianças, e uma das coisas que mais gostava era correr. Destacava-se nas corridas do colégio, quando de repente começou a sentir tonturas. Não disse a ninguém, achou que poderia ser um desgaste provocado pelo exercício.

Certa manhã, ela sentiu-se tão mal que caiu e ficou estendida no chão, tiveram então que levá-la para um hospital da Cruz Vermelha. Sadako estava com leucemia, o câncer no sangue, agora chamado de “doença da bomba atômica”. Outras crianças de Hiroshima começaram a apresentar os mesmos sintomas decorrentes da radiação recebida pela descarga da bomba. Quase todos morriam e Sadako ficou assustada, pois não queria morrer.

Quando Sadako estava no hospital, uma amiga trouxe-lhe alguns papéis e dobrou uma garça “tsuru”. Disse que este pássaro era sagrado no Japão, que vive mil anos e tem o poder de conceder desejos. Se uma pessoa dobrar mil tsurus (Senbazuru) e fizer o mesmo pedido a cada um deles, seu pedido será atendido. Sadako começou então, a dobrar tsuru e pedir para sarar, porém sua enfermidade se agravava a cada dia. Sadako então desejou pedir para a paz mundial e disse: “Eu escreverei paz em suas asas e você voará pelo mundo inteiro”.

Sadako dobrou 964 tsurus até 25/10/1955, quando morreu. Seus amigos dobraram os tsurus restantes a tempo para seu enterro. Mas eles queriam mais, desejaram pedir por todas as crianças que estavam morrendo em conseqüência da explosão da bomba atômica, então formaram um clube pela paz e começaram a pedir recursos para um monumento.

Estudantes de mais de 3.100 escolas no Japão e de 9 outros países contribuíram, e em 5 de maio de 1958 o Monumento da Paz das Crianças foi inaugurado no Parque da Paz de Hiroshima.Todos os anos pessoas do mundo inteiro enviam Tsurus de origami para o parque. As crianças desejam espalhar a mensagem esculpida à base do monumento de Sadako"

Conforme conta a história o facilitador e os participantes irão fazer o origami do Tsuru, conforme o vídeo que segue:


Ao fim todos os tsurus feitos podem ser pendurados por meio de um barbante em um algum lugar da escola simbolizando o pedido de paz

Dinâmica: Dando Sentido a vida (Mendes, 2011)

Objetivo: A parábola que se segue é um bom exemplo da lógica "ganha-ganha" (ou "vitória-vitória"), na qual não há um único "vencedor" ou um único "perdedor"m, pois todos do grupo acabam ganhando.

Entregue uma cópia do texto abaixo para cada um dos participantes:

Há alguns anos, nas olimpíadas especiais de Seattle, nove participantes - todos com deficiência mental ou física - alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos. Ao sinal, todos partiram não exatamente em disparada, mas com a vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e, se possível, ganhar. Todo, com exceção de um garoto, que tropeçou no asfalto, caiu rolando e começou a chorar.

Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Então eles viram e voltaram. Todos eles. Uma das meninas, com deficiência física, ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse: "pronto agora vai sarar". E todos, os nove competidores, deram-se os braços e andaram juntos até a linha de chegada.

O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos. E as pessoas que estavam ali naquele dia, continuam repetindo essa história até hoje.

Talvez os atletas fossem deficientes mentais, mas, com certeza, não eram deficientes da sensibilidade... Por Quê? Porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta vida é mais do que ganhar sozinho. O Que importa nesta vida é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar de curso.


Desenvolva com os participantes, em um circulo as seguintes questões:
  1. Porque o título do texto é “Dando sentido a vida”?
  2. O que significa “terminar a corrida e ganhar” para aqueles jovens?
  3. Porque as pessoas aplaudiram o gesto dos competidores?
  4. Se as pessoas têm a sensibilidade de ajudar o próximo e podem ser cooperativas, porque então o ser humano nem sempre enfrenta e resolve bem os seus conflitos?
  5. O que se quis dizer com “talvez os atletas fossem deficientes mentais. Mas, com certeza, não eram deficientes em sensibilidade
  6. Você concorda com a afirmação de que “o que importa nessa vida é mais do que ganhar sozinho. O que importa nesta vida é ajudar os outros a vencer, mesmo que para isso signifique diminuir o passo e mudar de curso”?
  7. Qual o melhor aprendizado que você tirou do texto?


Dinâmica Discutindo a Intolerância

Por fim realizamos um debate centrado nos "Porquês?" da intolerância, onde divididos em grupos de 6 pessoas os participantes listam uma série de ocorrências da intolerância em uma folha de papel, em seguida juntamos as folhas de cada grupo e realizamos a discussão dos termos que apareceram nas folhas, discutindo as principais ideias, sobre esteriótipos, problemas sociais/culturais, etc.


Em um segundo momento, um palestrante da divisão de educação ambiental do SEMASA, empresa de saneamento básico de Santo André, deu uma palestra trabalhando os principais problemas que estão relacionados com os problemas ambientais, focando principalmente na falta de água. Além disso foram apresentados alguns vídeos, e em seguida ocorreu um debate sobre o tema.

Os vídeos apresentados foram:






Bibliografia

  • Nunes, Antonio Ozório - Como restaurar a paz nas escolas: um guia para educadores - São Paulo : Contexto, 2011
  • http://www.infojovem.org.br/infopedia/descubra-e-aprenda/cultura-de-paz/ Acessado no dia 11/04/2015

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